POESIA
LINGUAJA DO
BRASIL
Sobre o cepo há um pote
E atrás dele há cassotes
Com cuia d`agua tiro bocados
Do susto fico estatelado
Da tarimba enrrolo o colchão
Sento no tamborete e degusto
Buriti com requeijão
Atino para o sincerro
Que forte la fora bate
Será a mocha turina?
Por que o perdigueiro late?
Do batente a vizinha arengueira
Com cabacas na trela
A mim convida para irmos
Ao barrocão.
E se estiver bem lamiado,
Dirigiremos ao caldeirão
Onde de longe já vejo
Sobre um lajedo, um burrego
Destripado por carcará ou gavião
Logo tento salva-lo dum pestiado urubu
Que ansioso espera a grande consumação
Este linguaja e’ do Brasil
Você não conhece, não?
São
Paulo, 29-06-12
Nilda Neves
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